sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

CARROS ALEGÓRICOS

ESTA PESQUISA VAI PARA LEONARDO  E OUTRAS PESSOAS QUE ESTIVEREM PESQUISANDO O ASSUNTO.

BOLINHAS...
LUCIANA MEIRA

Como é feito um carro alegórico?


O primeiro ingrediente é um chassi de caminhão ou de ônibus. Aí, um batalhão de membros da escola de samba trabalha pelo menos dois meses para transformar essas carcaças em carros alegóricos que chegam a custar perto de 100 mil reais. Para ter uma idéia de como isso acontece, veja como é o esquema da Portela, umas das mais tradicionais escolas do Rio de Janeiro. O trabalho começa com mecânicos, que adaptam a suspensão do chassi para receber todo o peso das alegorias que enfeitarão o carro. Ferreiros, então, alargam a estrutura em 50% para deixá-lo mais espaçoso. Depois, carpinteiros moldam o acabamento de madeira que dá forma ao carro. Aí vem a parte mais artística da coisa: os profissionais que esculpem as alegorias em peças de isopor. Outros laminam fibra de vidro que vai em construções mais complexas, como as loucas edificações que cobrem os carros mais luxuosos.
Há ainda os que se encarregam da pintura e da confecção de tecidos, lantejoulas, plumas e paetês que deixam o velho chassi de caminhão com cara de palácio de Versalhes. Só depois que o quesito "luxo" está pronto é que entra a tecnologia. "Uma equipe de 12 pessoas cuida dos efeitos especiais. Eles instalam as luzes e a pirotecnia e programam o acionamento disso tudo no computador de cada carro", diz o carnavalesco Jorge Freitas, da Portela. Esses efeitos são basicamente combinações entre lâmpadas coloridas, alegorias articuladas e pirotecnia. Nada de mais, não fosse a nota 10 no quesito criatividade desse pessoal: "Um dos nossos carros deste ano simula braços mecânicos que soldam peças em uma linha de montagem. Sincronizamos o movimento desses braços com um jorro de fogos de artifício que sai das peças. Cada vez que um braço toca uma delas, dá a impressão de que a peça está recebendo uma soldagem", afirma Delmo de Moraes, coordenador de alegoria da escola Gaviões da Fiel, de São Paulo.
Mergulhe nessa
Na internet:
http://liesa.globo.com

Veja os carros alegóricos mais bizarros do mundo!

A gente está acostumado a ver carro alegórico só no Carnaval, mas eles são atrações de tudo quanto é tipo de parada que rola no mundo. De política à agricultura, tudo cabe em cima dessas maravilhas: até uma boa dose de bizarrice!

No Carnaval de 1854, houve desfiles e carros alegóricos puxados por burros pela primeira vez. 

Numa época em que brincar Carnaval era sinônimo de entrudo – uma brincadeira em que farinha, água perfumada e outros líquidos pouco convenientes eram usados como armas para atingir foliões e desavisados –, um “lampejo de civilização” foi arquitetado para botar ordem (e classe) na festa de momo carioca. 

A inspiração vinha dos carnavais parisiense e veneziano: fantasias, máscaras, cortejos. A bagunça virou desfile. E, pela primeira vez, em  28 de fevereiro de 1854, carros alegóricos ganharam as ruas – movidos a tração animal, é bom que se esclareça. Famílias inteiras se apinhavam em carruagens enfeitadas, lançando flores pelas janelas. Cavalos adornados marcavam o passo, conduzidos por distintos foliões. 

A tentativa de civilizar o Carnaval rendeu frutos. Recebeu o apoio de autoridades, da imprensa e de intelectuais, como José de Alencar. E a festa de momo nunca mais foi a mesma. Ou será que nosso Carnaval é um só?


SAIBA MAIS
 
Inventando Carnavais: O surgimento do Carnaval carioca no século 19 e outras questões carnavalescas
, de Felipe Ferreira (UFRJ, 2005).

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